Por uma Funai forte, com planos e funcionários para enfrentar a pandemia
Leia aqui a 4ª Nota pública da INA: Sem pernas, nem direção
Com o avanço da pandemia nas áreas indígenas, a situação de precariedade das instituições que deveriam proteger os direitos dos povos indígenas se mostra cada vez mais evidente. Nos dados divulgados pela APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil nesta quarta-feira (1/7), são 405 óbitos provocados pela Covid-19, mais que o dobro dos 156 óbitos contabilizados pela Sesai na véspera (30/6).
Diante desse cenário, as organizações indígenas divulgaram na segunda-feira (29/6) o Plano de Enfrentamento da Covid-19, e estão em campanha para promover ações de combate à pandemia. Na terça-feira (30/6), a APIB, partidos políticos e outros parceiros ingressaram no Supremo Tribunal Federal-STF com uma ADPF – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, solicitando a determinação de medidas urgentes para garantir a vida dos indígenas ante a pandemia da Covid 19.
A Funai – Fundação Nacional do Índio tem divulgado em seu site noticias sobre a distribuição de cestas de alimentos em apoio às comunidades indígenas. Não há planos conhecidos sobre a identificação das principais vulnerabilidades territoriais e sociais dos povos indígenas diante da pandemia, nem as estratégias de ação para proteção. Soma-se à ausência de planos qualificados, o grande déficit de recursos humanos do órgão, com quadro de funcionários insuficiente para realização das atividades necessárias na situação normal. Na pandemia a situação está muito pior. A Funai deve cumprir também o importante papel de articular entre diferentes instâncias e órgãos das principais vulnerabilidades e especificidades dos povos indígenas neste momento, para a efetivação adequada das ações e políticas.
A Indigenistas Associados (INA), associação que congrega servidores da Funai, divulgou carta pública nesta quarta-feira (1/7), destacando ser imprescindível para a atuação do órgão a informação de plano para enfrentamento da covid-19, bem como a contratação em caráter de emergência de funcionários para realização das atividades de competência do órgão. A carta afirma que “a Funai, junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, tem um papel fundamental de coordenação da política indigenista a cumprir, e ambos estão falhando gravemente. Precisamos com urgência de gestão e recursos humanos para proteção dos povos indígenas diante da pandemia do coronavírus”.
Seria muito bom,pois os funcionarios são maioria de idade precisa de pessoas na linha de frente pra estar ajudado com o apoio emergencial na area indigina
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Aos profissionais da INA
Não esmoreçam, a sociedade os reconhecerá assim como o pessoal da saúde.
Forte abraço e saudações.
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